O novo vírus Covid-19 desenvolve, no decorrer da infecção, anormalidades na coagulação especialmente em pacientes com quadros de pneumonia grave.
Recentemente, dois artigos publicados no The Journal of Thrombosis and Haemostasis e no The Lancet por pesquisadores chineses, demostraram o valor do teste de Dímero-D para estratificar a gravidade da doença.
Ambos trabalhos avaliaram 183 e 191 pacientes, respectivamente. Os níveis de produtos de degradação de fibrina (FDP) e do Dímero-D (DD) foram maiores em pacientes não sobreviventes em comparação sobreviventes e como esses níveis estavam aumentando ao longo da permanência no hospital.
Segundo Tang N et al, a mortalidade geral foi de 11,5%, onde os não sobreviventes revelaram níveis significativamente mais altos de DD e FDP, maior tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) em comparação aos sobreviventes na admissão (p<0,05). 71,4% dos não sobreviventes e 0,6% dos sobreviventes atingiram aos critérios para coagulação intravascular disseminada (CIVD) durante a internação hospitalar.